Local: Queimada Grande –SP
Está localizada a 35 km da costa continental de Itanhaém, tendo dimensões de 1500 x 500 m². A placa que existia na Ilha Queimada alertando para as cobras venenosas, desapareceu. Mas para os pescadores da região o aviso era desnecessário.
MOTIVO DO NOME DA ILHA SER QUEIMADA GRANDE: Os homens do mar, pescadores, são
responsáveis pelo nome da ilha. Cientes do risco que corriam ao desembarcar em terra firme, eles ateavam fogo na mata para afugentar as serpentes. Porém, estas queimadas foram incapazes de ameaçar o reinado da Jararaca-Ilhoa.
O desembarque na Ilha Queimada Grande é proibido. Não há extensão de praia devido à pouca presença de areia ao redor da ilha. Sua vegetação é composta por árvores altas, formando maciço bosque. Em seus rochedos formam-se grutas. Jamais uma reserva de Mata Atlântica teve protetores tão temidos quanto a Ilha Queimada Grande. Lá não existe posto da Polícia Florestal, nem um plantão permanente de bravos ecologistas. Mas poucos se atreveriam a disputar o território com as 15 000 cobras - no mínimo - que povoam a ilha, quase todas serpentes da espécie Bothrops insularis (Jararaca Ilhoa). São parentes das jararacas continentais, só que donas de um veneno de 12 a 20 vezes mais forte. A ilha é um paraíso com excesso de serpentes.
O desenvolvimento dessa espécie se deu por causa do isolamento geográfico a que foi submetida desde a época da glaciação da Terra, há uns 10 000 anos. Quando as águas do degelo cobriram grandes extensões de terra, formaram-se várias ilhas, como essa. A maioria dos animais migrou para o continente. Os demais, impossibilitados de nadar, ficaram confinados, sobreviveram apenas aqueles que puderam se adaptar às condições da ilha.
Presa numa ilha rochosa onde o alimento se resume a aves, a jararaca passou a subir em árvores, o que não é natural para as espécies do continente. Seu veneno tornou-se mais potente para garantir a morte imediata da presa que, se demorasse para morrer, poderia acabar no mar. A cor da pele da cobra tornou-se menos vistosa: ocre uniforme, que varia até um marrom claro, chamando pouca atenção. Apesar da inexistência de água potável (os animais bebem apenas a água da chuva), havia sempre um faroleiro com sua família na Queimada Grande. Mas os sucessivos relatos de acidentes fatais com cobras inviabilizaram o farol manual e chamaram a atenção dos biólogos do Instituto Butantã, que intensificaram as viagens à ilha a partir de 1984.
Há o interesse, por parte de cientistas, ONGs, mergulhadores e outros, de transformar Queimada Grande em um Parque Nacional Marinho. A intenção é aumentar a proteção da parte marinha, numa faixa de 2 milhas náuticas no entorno da ilha, onde existem corais e espécies vulneráveis da fauna marinha, como tartarugas e peixes.
Distância da costa: 35km
Profundidade média: 14m
Tipo de fundo: Pedras e areia a partir de 14m e destroços metálicos de navio
Temperatura média (superfície) de 18° a 28°C
Visibilidade: até 20m
Melhor época para mergulho: de novembro a julho
Ventos predominantes: Este/Sudeste
AVISO AOS NAVEGANTES: Os biólogos do Instituto Butantã, em São Paulo, são as únicas pessoas que desembarcam com freqüência na Ilha Queimada Grande. Até mesmo o farol de balizamento marítimo passou a ser operado por equipamentos, em 1918, quando os encarregados de manutenção tiveram de deixar a ilha por terem sido atacados pelas serpentes. Duas espécies de jararacas habitam o local: a Ilhoa e a Dormideira.
Esperamos que tenha gostado deste post, somente os corajosos, ou loucos, se arriscariam nesta viagem.
Até a próxima e Tchau!
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